31/12/2012

Cenas do ano que vem

Os horóscopos e os oráculos e essas cenas dizem que vou ter um ano do camandro.*


Votos de um bom 2013, cheio de saudinha e o resto.


*Can't wait to see.

28/12/2012

Coisas que não me saem da cabeça #1




Anos sem me lembrar disto, e não me sai da cabeça vai para 2 dias.

21/12/2012

PPC 2012

Eis que chegou!
Bem haja, Carolina!

11/12/2012

Coisas que, volta e meia, vejo por aí #3






Depois de um Sábado de comemorações, da longevidade do matrimónio, um Domingo caseiro, com direito a presépio à antiga, com mãos geladas do musgo tenro, figuras de barro desaparecidas e caminhos construídos com areia fina. Nostalgia carregada da simplicidade do que nos faz, efectivamente, felizes.

07/12/2012

Depurativo #7 ou "como solucionar a crise"

É simples: baixa-se preços. Nem que para isso se pague para trabalhar.
Consequências?! Não há.
Ninguém vai perder dinheiro, ninguém vai atingir qualquer ponto de rotura e ninguém vai descredibilizar o seu trabalho bem suado.

Eu disse. Era simples.



(Agora com licença, vou ali destilar para outro lado qualquer. Por aqui, missão cumprida.)

01/12/2012

Depurativo #6

Há gente que vale coiso.
Que tem dias que não me incomoda, noutros causa-me urticária.
Eu falho, como as pessoas normais. Mas tenho consciência que isso acontece e tenho, ou pelo menos tento, noção do impacto dos meus actos/palavras nas pessoas que me dizem alguma coisa. E às vezes lá calha e peço desculpa. Se não peço, tento redimir-me de alguma forma.
Ora, pronto... Há coisas que me continuam a fazer espécie, não há volta a dar.
Mas hei-de manter-me fiel aos ensinamentos maternos e "o desprezo será sempre a melhor arma".

E a bem dizer, o que interessa mesmo é que é fim-de-semana, e há que fazê-lo render. :)

27/11/2012

Sinal dos tempos

E depois dos primeiros brancos, que já são muitos, chegou a hora de dar espaço ao primeiro anti-rugas*.
E já só faltam 3 para os 30.



*Coisa leve, anti-oxidante, que são algumas, mas nem tanto.

26/11/2012

13

Há precisamente 13 anos partiu um dos pilares da família.
Hoje nasceu uma folhinha nova.
Hoje é um dia bom.

Source: etsy.com via Debbie on Pinterest


Benvinda, Madalena. :)

(E assim se transforma um dia triste, no prolongamento do fim-de-semana, e às lembranças do avô que partiu, num dia bom, próspero)

23/11/2012

Os dias

Há dias em que, inexplicavelmente, se acorda com uma valente boa disposição, que julgamos que se prolongará por mais uns quantos. Julgamos, porque as más notícias encarregam-se de a levar.
E hoje... bem, hoje é um dia feio. Daqueles que queremos ter poucas ou nenhumas vezes nas nossas vidas.
Daqueles em que gostaríamos de absorver as angústias alheias mas sabemos que isso não é possível. Em que queríamos que tudo passasse depressa, mas não passa. O tempo será o único a encarregar-se de levar a dor daqueles que gostamos.

Vai passar... Há-de passar.

07/11/2012

31/10/2012

Eu diria que sim. Sei bem do que fala Leididi.


"O casamento segundo uma casada de fresco

Assim de repente não há diferença nenhuma em estar casada ou viver em pecado, amantizados, amancebados, amigados e o que mais houver no léxico. Pelo menos para nós os dois. A única coisa que me lembra que entrei para esse clube é quando vejo a aliança na minha e na mão dele. Ainda me custa a acreditar que o fiz, que disse sim, que assinei um papel (na verdade já não se assina coisa nenhuma), que pus uma aliança no dedo. Eu que quase todos os dias me sinto como uma miúda e que nada tenho a ver com a imagem de mulheres casadas que fui construindo à medida que crescia. Das senhoras vestidas de forma discreta, com filhos pela mão, cujo cabelo vai clareando cada vez mais, no início são só nuances louras mas depois é o cabelo todo, os anéis que usam são de senhora, assim como os sapatos e as malas e caralho. É tudo compostinho e têm todas mais de 40 anos mesmo que não tenham. Olho para elas e fico aborrecida, entediada, faço o sinal da cruz e fujo a passos largos. A mim é que não me apanham porque eu faço o que eu quero e durmo com quem eu quero parafraseando aquela banda de merda que dá pelo nome de Miúda. Mas agora sou casada, não tenho 40 anos, nem mesmo quando os tiver, não clareei o cabelo, não uso sapatos de senhora, os meus anéis são grandes e de prata, os meus brincos são coloridos e faço o que eu quero e durmo com quem eu quero: o meu marido. Ma-ri-do. A mudança deu-se lá fora. Fora desta bolha Actimel quentinha que mais parece um cobertor (e é tão bom chegar a casa e é tão bom quando ele chega a casa). Parece-me que as pessoas me começaram a ver com outros olhos. Puseram os óculos do respeito que só se tem com as mulheres casadas, uma coisa que ficou do século XIX, e de repente eu sou uma pessoa crescida e como deve ser. Como se de repente eu fosse mais capaz, de maior confiança, para ser levada a sério. E dá-me vontade de rir. Esta sociedade é tão absurda e as pessoas tão cheias de merdas e preconceitos que nem sei. Estar casada só é melhor do que viver junto porque tivemos uma festa incrível e todos os que gostamos à nossa volta tão felizes como nós. E porque recebemos prendas e viajámos. De resto, a maravilha é a mesma."

Leididi

09/10/2012

Mundo ao contrário

O regresso à rotina tem-se revelado mais uma espécie de colisão frontal violenta com a realidade. 

1 - Do muito de bom que se retirou do evento que permitiu que estivéssemos rodeados de todos aqueles que nos são mais próximos (poucos foram os que infelizmente não conseguiram), sobrou uma réstia de azedo. Azedo provocado pela desilusão daqueles que tínhamos para nós como amigos. Pelas ausências injustificadas por desculpas esfarrapadas, pelas presenças dos que, ao contrário do que seria de esperar, não partilharam da felicidade do dia. Ferir ou provocar um amigo não é conivente com honestidade (nem tão pouco soa bem na mesma frase que "amigo"). Desses guardo o ensinamento (porque começa a ser repetitivo o engano), e a esperança que a vida lhes traga um pouco de felicidade.*

2 - A conjuntura gera desorientação. Os bons vão, os maus ficam. Não compreendo a lógica. Corrói o sentido de justiça que, aos poucos, vou reconhecendo como escasso. 

3 - A ganância de querer mais, as embirrações pessoais, a insegurança (que mais tarde ou mais cedo acaba por ameaçar as migalhas que juntamos com sacrifício, neste caso, na primeira viatura por nós adquirida).

E deixa-me, tudo isto, com um sentimento profundo de tristeza. 
Não é, de todo, justo... Não é.


*Nunca é demais dizer que todos os que estiveram, ajudaram, ou, de alguma forma, nos transmitiram genuína felicidade, eliminam grandemente tudo o resto.

08/10/2012

02/10/2012

Depurativo #5

Ahhhhhh, como eu odeio gente coiso!

Queres lá ver que agora tenho que dar satisfações da minha vida...
Ao que parece, a renda a tempo e horas não é suficiente: Austeridade de arrendatário.

É a crise*, pois claro!







*Que até na boa educação e na postura se poupa...

26/09/2012

In The Mood #20

[Gentilmente cedido pela chuva]




P.S. Imagens dO dia virão num futuro próximo e desconhecido. Por agora, vive-se na tentativa (contra-vontade) de recuperar a rotina.

29/08/2012

Vidas

Querido, estou a deixar morrer o blogue.

Valha-nos outro header fresquinho, e votos para que surjam bonitos posts com conselhos úteis para organização de eventos (ou não): por esta altura, que faça sol e seja o que Deus quiser.

Até breve, blogue-de-posts-agendados-e-headers-bonitos.

P.S. Parabéns para mim, e o camandro!

... a 10 dias

18/07/2012

O tempo

Damos conta da volatilidade do tempo quando ouvimos músicas como esta, que temos presente como se tivesse surgido "há uns anos" (entenda-se poucos).
Vai-se a ver, tem 11 anos. 11.
Mas onde é que foi o tempo, que eu não percebi?

... a 52 dias

12/07/2012

In the mood #20

E quanto, nos últimos tempos, parecia difícil encontrar música daquela que sabe bem ouvir de olhos fechados, surge, no caminho, Silva.

Uma das músicas mais bonitas que já ouvi:

27/06/2012

Coisas que incomodam (ou não)

Acredito que da amizade fazem parte a frontalidade, a honestidade e a sinceridade. Tenho dificuldade em aceitar a ausência de qualquer um destes aspectos, sobretudo no que toca ao essencial e que pode colocar em causa o respeito mútuo. Uma coisa é a divergência, presa à opinião e à individualidade, que é, e deve ser sempre respeitada. Acima de tudo, acredito na confiança. Repudio desconfianças e, sobretudo, qualquer espécie de competição.
Ainda assim, tempo vai-nos mostrando quem queremos ter por perto, com quem nos identificamos e quais são os modelos que queremos seguir e que nos preenchem. Os princípios que identificamos em nós servem de filtro. São estes modelos que guardamos para nós, são as pessoas de quem nos rodeamos. E quanto mais se conhece quem nos rodeia, mais evidentes se tornam estas opções.
A bem dizer, há que valorizar os verdadeiros amigos.

(E assim cresce-se mais um bocadinho, deixa-se para trás o que não interessa e segue-se com a vida. O tempo encarregar-se-à de dissipar o mais negativo)


Source: goo.gl via Gisela on Pinterest

... a 73 dias

21/06/2012

Sérgio Godinho...

... com o dom de elevar o que é íntimo.



Gosta-se, revê-se e entranha-se.

13/06/2012

O esférico

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Depois do golo de ontem da Polónia quase que me entusiasmava com isto do Euro2012.





(minuto 1:18, aqui)

Coisas de saúde, e isso

A vida corria tranquilamente, e entre almoços e churrascos começa a "impressão". 
Dia 1 - Dor pontual, com picos de intensidade pós refeição;
Dia 2 - Dor pontual mais acentuada, com picos de dor aguda;
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Dia 3 - Dor cada vez menos pontual, atenuada por anti-inflamatório. Os picos de intensidade sentem-se apesar da medicação. Visita à sra. dos Dentes. "Escovas isso com aquelas coisas de limpar garrafas, mas em pequeno, e pode ser que passe. Se não passar... muhahahahahahha... desvitalização! (€€€€€€€€€€)".
Dia 4 - Dores intensas, contínuas e insuportáveis. Visita ao sr. dos Remédios, para recolher o antibiótico e, qui ça, qualquer coisa que tirasse a dor. O sr. dos Remédios recusou-se "Ah, não posso dar-lhe nada... Você está com um ar tão feliz, que me parece que o anti-inflamatório chega perfeitamente.". Livrou-se de duas mãos no pescoço, porque a dor não permitia a concentração necessária. 
Dia 5
02:00 a.m. - Dor, muita dor. Muitas voltas e dosagem de medicação no limite. Lágrimas (sim, eu sei...) Visita aos srs. do Hospital. Atendimento rápido.
02:30 a.m. - Administração intravenosa de analgésico. 
03:00 a.m. - O mundo parece bem mais interessante.
04:00 a.m. - Dado o enjoo provocado pela picada (eu sei... eu não era assim...), novos químicos. "É capaz de ficar com sono... Está de carro, sozinha?""Não.";"Óptimo".
04:05 a.m. - Cama!!! Quero a minha cama!!!
09:00 a.m. - Rise and shine. Dor passa a cena esquisita.
09:10 a.m. - Olá, sr. Espelho. Parece que começa a crescer qualquer coisa no maxilar.
09:10 a.m. - 19:00 a.m. - Ausência parcial de dor, sem qualquer tipo de medicação.
Dia 6 - Variações de inchaço entre Quagmire e Corcunda de Notre Dame.
Dias 7, 8, 9 e 10 - Redução gradual do inchaço, ausência de dor, permanência da sensibilidade e visita à sra. dos Dentes. "Isto ficou um bocadinho feio..." "Ah, vamos ter que desvitalizar... (mhuahahahahahahahahahah)"

03/06/2012

Um daqueles dias que mais parece uma semana

Há dias cuja intensidade vale por semanas.
Hoje foi um desses.

Começou pela raiva provocada pela estupidez alheia (porque infelizmente há gente cuja idiotice que carrega é incalculável e porque não tem noção da gravidade do efeito das considerações e insinuações que tece).

Acabou com o calor dos amigos*, num fim de dia poliglota (biglota, vá) e bem regado, comme il faut.
Um dia de despedidas (com bilhetes de regresso) e vontades e perspectivas comuns.

E porque os últimos superam grandemente os primeiros, o balanço foi positivo.


*daqueles para a vida.

01/06/2012

Antecipação

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Checked*:
  • Divulgações, confirmações, desconfirmações;
  • Traje, solas e acessórios;
  • Identificações;
  • x = a + rcos(t);
  • Repasto;
  • Sonoridade, imagem e luz;
  • Reserva do repouso;
  • Agradecimento;
  • ...
  • nervoso miudinho.


*Ou praticamente concluído.

Sai header fresquinho

Catita.

Feliz dia*



Source: google.com via Phyliss on Pinterest


















*Há que alimentar a criança que há em nós.

22/05/2012

O sol, e isso

(ou "ultimamente é demasiado evidente o modo como a meteorologia tem influência no meu humor")


E na correria dos últimos tempos, tem sido difícil tirar proveito do melhor dos dias:

  • O retomar de contactos;
  • As aquisições recentes;
  • As ideias na prática (e ainda falta tanta coisa);
  • O ajeitar de pensamentos.


Agora é contrariar a tendência, pegar no lado bom, chutar para trás o que não interessa, e seguir com a vida.

16/05/2012

O Conforto

O conforto dos amigos que acarinham, a espectativa da data.
Mais um dia dos bons, com os de cá e os de longe.


Está quase, e vai ser muito bom. :)

08/05/2012

Ai...

... que me dói a garganta.



Em 2 anos de isenção de gripes/constipações, algum dia havia de ser...

02/05/2012

O Convite

Se há os que não mostram a surpresa, ou revelam um toque de indiferença, outros há que nos fazem doer o peito pela impossibilidade da distância.


(É que mesmo longe, eles estão lá.)

24/04/2012

1958-2012

Miguel Portas

Um exemplo, com princípios, coerência e humanidade.
Uma grande perda...

20/04/2012

(Depois queixam-se que "ah, e tal")

- Olá, bom dia! Tudo bem?
- Tudo, obrigada, e contigo?



....

17/04/2012

Não se metam com os meus

... que dão-se-me ganas de recorrer à violência.

Sobretudo quando o oportunismo, a desonestidade e a falta de humildade são mais do que evidentes.

Ai, rapariga, se me apareces à frente...

16/04/2012

Coisas das músicas #1

Música mais do que muito boa, mas que me traz sempre a ideia de morte. Morte serena, entenda-se.
Ideias.



(Vá, e também traz à memória aquele filme que toda a gente sabe)

12/04/2012

Better Way

Porque ainda acredito que há gente boa.

05/04/2012

As pessoas #4

Depois há aquelas pessoas que conseguem colocar o seu ar mais cínico, sorriem, e quando viramos costas somos alvo do seu amável desdém.
Eu cá não tenho estômago para isto: gosto de gente verdadeira*.


*Mas que chateia, chateia.

04/04/2012

Breves apontamentos acerca dos últimos dias

- Quem quer perder um cliente é ligar-lhe com o intuito de discutir com ele;
- Parecendo que não, dormir faz falta. Se for um sono tranquilo, melhor ainda;
- A aguardar pelos 4 dias de pausa tranquilos (ou não);
- O povo, as queixas, os impostos, a crise, a chuva e cenas.

E com um brain overload me despeço, que não devo passar por aqui nos próximos dias.

03/04/2012

Coisas que não se dizem para não ferir susceptibilidades...*

"A expressão: Carpe Diem.
Eu percebo a intenção, a alegria de viver o momento e não pensar no depois. A procrastinação do tempo e o viver no imediato.
Só que, o que fazer? Eu associo invariavelmente a algum azeite e baixo QI a malta a quem perguntam: então, qual é a frase da tua vida?
E respondem: carpe diem.
Parece que decoraram todas as entrevistas a famosos da Ragazza de 1992 e portanto ainda acham, em 2012, que é muita cool e muita bacano e que são automaticamente pessoas muito interessantes.
Causa-me mais ou menos o mesmo frisson que aquela malta fixe que mete wax no cabelo enquanto cantam à voltinha da fogueira o Kumbaya my lord, sempre de olho na prancha de surf, desporto que, aliás, não praticam, mas acham cool. E bacano. Porque é buéda jovem, tão a ver?"

*...porque até se conhece uma ou outra pessoa que recorre com alguma frequência a esta expressão, mas com as quais se concorda inteiramente. 


P.S. O Karma, esse flagelo, encarregou-se de que alguém me enviasse um e-mail com esta sábia expressão, durante a última hora (não, não é ninguém que siga este blogue).

21/03/2012

Os blogues




Não tenho por hábito falar nas vidas blogosféricas que admiro e acompanho com alguma regularidade (justa excepção feita a eventos Quadripolares).
Não posso, no entanto, deixar de ficar satisfeita quando um dos blogues que acompanho há mais tempo teve esta projecção. 
Um talento da objectiva e da escrita e uma belíssima campanha do município de Lisboa.

19/03/2012

Dias

Sabes que o dia até nem foi mau quando chegas ao fim e ainda te consegues rir até às lágrimas*.

*Sobretudo quando são quase 20:00 e ainda estás no trabalho.

16/03/2012

Hello!? (Uma espécie de resumo semanal)

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(Está aí alguém?)
Por aqui está. Não parece, mas está.
A vidinha vai correndo, obrigada.
É Sexta-Feira, e tal, o ritmo cardíaco já está a baixar.
A chuva, essa ainda não deu sinal.
Quanto às energias, têm estado canalizadas para outras coisas.
As tristezas têm levado um chuto, que isto na vida é tudo muito relativo.
Mais do que um cliché, é a pura das verdades: Haja saúde. O resto são trocos.

09/03/2012

O que temos de bom #1

Intriga-me o anonimato dos bons artistas deste país.
É esta a qualidade que devia ser divulgada, o que devia ser ouvido nas nossas rádios.



E ontem... ontem foi ainda melhor do que isto!

06/03/2012

In the mood #16

O que se escreve por aí #1

"Corro muitos riscos por querer ter negócios por conta própria, aposto que se me espetar contra a parede ninguém aparece para me dar uma palmadinha nas costas e soltar um "que bem que fizeste em torrar o teu dinheiro e horas da tua vida de forma tão engraçada". Podia também já estar casado um par de vezes, não duvido que uma relação estável tenha os seus encantos. Ou podia ver televisão horas a fio, se não preferisse canalizar o meu tempo para assuntos diversos (li o "As travessuras da menina má" do nosso amigo Mario Vargas-Llosa em apenas 6 dias, na semana passada ... que saudades de ler um livro tão bom que nos prenda como uma droga). Podia até não ter saído à noite no Sábado, mamado aquilo que se convencionou chamar de "uma biolência" e depois no Domingo ter feito 3 horas de bicicleta até Alfama. Somos a nossa verdade, as escolhas que fazemos. A minha avó (sendo absolutamente certo que a vóvó é a "número um") costumava dizer, antes da demência nos separar para sempre, que cada um tem que gostar de si próprio antes dos outros gostarem nós. O que significa que nada ou ninguém nos vais defender tão bem como nós próprios. Esperar que os outros, mesmo os que nos querem bem, façam algo por nós, a começar por decidir, é perder o controlo do ser, do existir. A última mulher que amei tinha mais 10 anos que eu ... cabe na cabeça dos outros? who cares, era o que eu queria e era o que ela queria.

Se queres ser chef na cozinha, sê-lo. Se queres ter uma galeria de arte, força. Se queres emigrar, estuda a melhor maneira de o fazer e toma decisões concretas nesse sentido. Sexo de outra forma? Ir ao teatro na 6ª? Poupar o dinheiro para dias melhores? Mudar de penteado? Mandares para as urtigas aquela pessoa que há muito tempo só faz merda? Nunca é tarde. Experimenta dimensões de ti sem medo. Não gostas? não comas. Os outros acham mal? Pois, mas és tu que mandas, és tu que respondes, és tu que sabes o que é estar lá. Assume. Faz o que tiveres a fazer com amor, com espírito e com entrega. Vais perder, vais ganhar. O que os outros acham que é cool varia ao longo da vida e não releva. Não era o que querias? Recomeça. Como aquelas linhas maravilhosas do nosso amigo Torga (já antes citadas neste blog manhoso):

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga, Diário XIII"


Pulha Garcia em O Bom Sacana


No fundo, aquilo a que nos resumimos.

20/02/2012

Coisas importantes (ou não) da semana #22

#1 - O convívio com os amigos - As figuras menos bonitas que se fazem por eles (gosto taaaanto do Carnaval...) e a comemoração de vitórias pessoais. Bons ritmos.

#2 - A capital - No lugar do costume, onde se resolve, se procura e se encontra. Sol a lembrar a primavera, propício a passeios na Baixa e em Belém. Como sempre, sabe a pouco.

#3 - Fim de fim-de-semana - O culminar do descanso, com as tarefas de quem quer começar a semana em ordem.

No fundo, as "tretas" do costume, que nos movem, preenchem e (mesmo sem sabermos) nos fazem felizes.

P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente. 

14/02/2012

pronto, tomai o Amor...



(Coooooooooookie!!!)

13/02/2012

As pessoas #3

- Por um lado, há aqueles que conhecemos, achámos a certa altura que já não conhecíamos, mas afinal até parece que sim. Depois há os outros que, quanto mais conhecemos, menos queríamos ter conhecido. 
- Há também os que, por infantilidade ou fraqueza de espírito, quando estão mal com "a", ficam bem com "b", vão alternando por dias, função da direcção do vento, e nunca, jamais, estarão bem com "a" e "b" em simultâneo. Depois há os que estão bem com "a" e com "b" e, eventualmente, moderarão alguma questão mais delicada, sem nunca questionar a amizade de cada um deles.
- Temos ainda os que, estando o próximo (chamemos-lhe assim), por qualquer motivo, bem com qualquer coisa na vida, nunca o merecerá (o bem) e certamente que nunca ficarão agradadas com o bem estar alheio (do próximo, vá). Depois há os que ficam felizes com as vitórias dos amigos.
- Há ainda os que vão, vêm, e vão e vêm, só porque sim (ou por falta de frontalidade, quem sabe). Depois há os que, mesmo estando longe, sabemos que estão e estarão sempre perto.

E colocando as coisas neste prisma, parece-me muito claro quais aqueles a quem devo chamar amigos. Prefiro esses.

09/02/2012

Quem pensa assim não é gago #14

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"Nós, os portugueses, queixamo-nos. A minha avó queixava-se do reumático e dos vizinhos, do frio e do calor, do preço do pão de mistura e, aos domingos de manhã, inapelavelmente, do meu avô. Queixamo-nos da vida, dos políticos, do país quando vivemos cá, do estrangeiro quando para lá emigramos, dos ladrões quando roubam, da polícia quando policia, das multas por excesso de velocidade a que os outros milagrosamente sempre escapam. A queixa faz parte de nós. Somos de um servilismo complicado, resmungão, mal-encarado, cheio de úlceras e de violências murmuradas. Gostamos de manifestações suaves e de protestos débeis porque temos sempre as queixas, as lamentações, as pieguices. O que temos mais é pena. Temos tanta pena! Não sabemos o que é a verdadeira compaixão. Temos muita pena. Quando alguém se queixa da saúde e lhe dizemos que tem de ir ao médico, percebemos tudo: o estado não é suficientemente grave para ir ao médico, é apenas suficientemente real para gerar a queixa. O português compraz-se na queixa. A queixa não agrava, alivia. É auto-medicação espiritual. Uma mezinha caseira para alívio das dores da alma. O primeiro-ministro pode tirar-nos o Carnaval e os feriados, as férias e os subsídios, mas não pode querer que deixemos de nos queixar. Em primeiro lugar, porque temos motivos para isso. Em segundo, porque não precisamos de motivos, embora sempre os tenhamos tido. Nunca precisámos e sempre os tivemos. A queixa é uma oração secular. A queixa está para a revolta como a pieguice está para a verdadeira compaixão, como o desabafo está para o verdadeiro pensamento filosófico. É o substituto à medida do nosso saldo existencial. Acredito que possa ser desesperante ouvir todos os dias queixas de empresários, de trabalhadores, de professores, de artistas, de alunos e de sindicalistas. Olhe, sr. primeiro-ministro, faça como nós, queixe-se!"


Bruno Vieira Amaral em A Douta Ignorância

08/02/2012

Simple Pleasures #1

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Sobretudo porque no Inverno é um conforto para a alma.

02/02/2012

Coisas importantes (ou não) da semana #21

Num resumo quase quinzenal, de um tempo que tem voado, destaca-se:

http://www.jfd19deabril.com/
- A resolução de questões do passado, que pareciam não ter fim. Com ela, uma série de novos objectivos, novas ocupações e tempo dedicado àqueles que marcaram a nossa vida, e que, apesar de estarem longe, ou de nos terem deixado há muito, o merecem.

- A cada vez menor preocupação com os que se dizem amigos quando, na verdade, passam a vida ensimesmados, alheados da nossa vida, desinteressados em fazer parte dela. Depois estranham que nada saibam, que os amigos talvez não o sejam, porque até nem dão contas do que andam a fazer. Acredito, cada vez mais, que a estima é a base de uma boa amizade e que o "como estás?" sincero é cada vez mais subestimado.

Por hoje vai chegando. O tempo urge, e há que aproveitá-lo.

P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente. 

24/01/2012

Oldies #5

Sir. Elton John e os coloridos anos 80.

23/01/2012

Coisas importantes (ou não) da semana #20

Foi uma semana turbulenta: 
- Desordem;
- Desilusões e faltas de respeito;
- Complicações do corpo.

Ainda assim, a tranquilidade marcou o final. Sexta-Feira a recompensa e a paz merecidas, com jantar e cinema, uma banalidade que ultimamente mais parece um luxo. As obrigações no Sábado, o sossego no Domingo.
Passou, apesar de muito rápido, e permitiu recarregar baterias.

Recomenda-se "Millennium 1 - Os Homens que Odeiam Mulheres" ou "The Girl With The Dragon Tattoo". Muito bem produzido, é um filme crú, forte. Uma agradável surpresa a interpretação do Daniel Craig, uma lufada de ar fresco na tela no que diz respeito à interpretação feminina. Aguarda-se ansiosamente o volume 2. 

22/01/2012

às voltas por aí #1


2h, muita conversa e 10 km percorridos.

19/01/2012

Oldies #4



Passado na Antena 3, às 9 da matina, a atraiçoar o cérebro, que ao invés de registar os 3ºC que se faziam sentir, registou um sol quentinho de Verão.

18/01/2012

Quem pensa assim não é gago #13

"Não é costume, mas, ontem, senti uma torrencial vontade de insultar uma pessoa, dizer-lhe assim, muito calmamente, gozando cada palavra, vai-te foder, vai para o caralho, vai para a grande, escancarada, mal cheirosa e pustulenta puta que te pariu. Não o fiz porque, enfim, a minha esmerada educação o não permite e porque, conhecendo a mãe da dita pessoa, amável senhora, jamais seria capaz de a ofender. Andam agora os insultos a saracotear-me por dentro, a roçar-se nas paredes do esófago, em ricochetes violentos, já tenho três escaras e duas feridas vurmosas. Estou que não posso."


Ana Cássia Rebelo no ana de amsterdam

Infelizmente, é também mal que me assiste desde a semana passada. Infelizmente (para mim, obviamente), não foi  acto isolado. 
Uma dose extra de paciência (apesar de o limite me parecer muito próximo) e kompensan, que o estômago já começa a dar de si.

13/01/2012

Impressões de uma Sexta-Feira 13



Impressionada com a minha lucidez de escrita às 03:00;

Impressionada com a capacidade de algumas pessoas para atingirem certos graus de idiotice;

Impressionada pelo grito ouvido ao minuto 95. Briosa num final da Taça de Portugal (espera-se).


Feliz, mesmo muito, com a felicidade dos amigos (a pontos de ficar de lágrima no canto do olho).


E é isto que se espreme de um início de Sexta-Feira 13.

11/01/2012

Quem pensa assim não é gago #12

"É sempre muito mais fácil culpar o outro. Mas há sempre o dia em que o outro não aceita a responsabilidade pela vida alheia, esse papel já não lhe serve. E aí eu quero ver o que vais fazer com a tua vida... Já sabemos que culpar o outro não adianta de grande coisa nem resolve nada, mas enfim, a pessoa livra-se da responsabilidade e o outro atribui-se a si mesmo uma importância que não tem. É, como em tudo, uma situação que serve aos dois.  No dia em que o outro se cansar, te mandar à merda, te disser pra olhares pro espelho, virar costas e se for embora acontece o quê, agora que não tens ninguém pra responsabilizar? 

Há quem viva uma vida inteira assim, a responsabilizar o outro, a sentir-se responsável por todas as desgraças que acontecem ao outro. Deus me livre... "

Isa em "Eça é que é essa".

Hoje é um daqueles dias em que isto faz muito sentido.
Felizmente, a dose de sentimento de culpa costuma equilibrar com outra boa dose de costas largas e ao fim de algum tempo de raciocínio, resta uma linha ténue entre a tentativa de justificação do comportamento alheio e o sentimento de pena.
Mas como costuma dizer a minha avó, "penas têm as galinhas".

09/01/2012

Coisas importantes (ou não) da semana #19

A primeira do ano trouxe surpresas, carradas de trabalho, alterações, planos, convivência e trabalho (ups, já tinha dito).
Destacam-se:
- A aprendizagem: Nunca discutas com um(a) surdo(a) - corres o sério risco de não seres ouvido(a).
- O número que faz uma mulher feliz: 34 (a sério, os saldos são o demo).
- A socialização - o retomar de cafés e jantares, mas sobretudo o contacto com os mais próximos.
- O sono - Não podes dormir durante a semana, aproveita o fim-de-semana.
- As obrigações - Não, obrigada (uma luta constante).

Posto isto, fui.
Boa semana.

(9 months to go!)

P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente. 

02/01/2012

Coisas importantes (ou não) da semana #18

Passado o Natal, passado o ano e heis-nos em 2012.
Edições 19 Abril 
O Natal foi em família, como se quer, mas desta vez a dividir por 3. Os kms somados, de barriga cheia, com Frize para ajudar, foram cansativos mas compensadores.
Veio a pausa-entre-festas, e com ela poucas horas de sono, muitas tarefas a cumprir, negócios concretizados e amizades reforçadas.
E porque nem todas as consequências da gula se reflectem no pneu, o sr. dente marcou a sua posição, e reivindicou tratamento urgente.
As celebrações do ano novo, essas foram bem melhores do que se imaginaria. A casa de todos os dias, com alguns dos mais importantes (os essenciais), foi o local escolhido. As passas e o champanhe, essas foram ao relento, com os 7 ºC que se faziam sentir junto ao Mondego.
Restaram horas de sono em falta há muito e baterias recarregadas.

E siga 2012, que promete ser um ano do caraças!*

P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente.
* Quér-cá-saber da crise.