30/05/2011

Quem pensa assim não é gago #5

"A direita acusa a esquerda, a esquerda acusa a direita, Passos Coelho acusa Sócrates, Sócrates acusa Passos Coelho, Paulo Portas acusa Passos Coelho de ter sido "muleta" do PS, diz que não é muleta de ninguém, o Assis diz que vai ser uma desgraça se o Sócrates sair, Sócrates também acha que vai ser uma desgraça se sair, uma parte do país concorda com Sócrates e com Assis outra está empenhada em pôr o Sócrates a banhos lá para onde foi o Catroga. Enquanto tudo isto, neste país pequeno de acusações e discussões estéreis e inúteis, este desfile inane da gente que nos (des)governa há quase quatro décadas, duas em cada cinco crianças vivem em situação de pobreza.E ‘isto’ devia ser o essencial. Quase quatro décadas depois, alguém, à esquerda ou à direita, já devia ter conseguido resolver este país. Deixem-se de tretas."

Leonor Barros in Delito de Opinião

27/05/2011

Coisas importantes (ou não) da semana #3

- Não há nada como precisar de alface para a salada, descer as escadas e ir à estufa;
- Agir de determinada forma para ter validação externa, não adianta ou resolve o que quer que seja. A validação tem que partir do interior;
- Então o outro já deu mais um tiro no pé, e quer rever a lei do aborto?;
- Elevadores sem luz e pessoas (quase) claustrofóbicas não combinam;
- O tempo faz falta. A falta de tempo provoca stress. O stress é prejudicial à saúde. Logo, o tempo faz mal à saúde.
- Gordos e imunidade confundem cabeças;

P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente.

25/05/2011

2nd approach


7,24 km
1:20
Average speed: 6,03 km/h

(caminhada muito conversada)

21/05/2011

Why not?



Me gusta mambo.

20/05/2011

Coisas importantes (ou não) da semana #2

- As mangas do Continente são boas;

- Isto das relações humanas tem muito que se lhe diga. Há quem esteja mal com o bem que tem e há quem viva bem com o mal alheio;

- I like Pump effect;

- Uma manifestação de preocupação não é um ataque pessoal;

- Começo a vislumbrar uma possibilidade de voto;

- Tendo a agir com os outros em função das atitudes manifestadas para comigo. Não é propositado, é intrínseco e inevitável;

- A televisão pública tornou-se uma seca (maior) em horário nobre.


P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente.

Oh, yeah, it's Friday! #10

18/05/2011

16/05/2011

Pink blog

Não sei, hesito...

13/05/2011

1st approach



Distância: 7,35 km
Tempo: 1:10
Average speed: 6,68 km/h

Acaba de me sair um valente suspiro


Vi uma foto do Portinho da Arrábida...

Pois é...

Andar de trombas...
... faz rugas.

Eu até entendo que às vezes lá tem que ser, mas todos os dias?

Coisas importantes (ou não) da semana #1

- É fácil perder a paciência com comerciantes;

- Sobre o acordo com o FMI: consegue, em simultâneo, passar um atestado de incompetência ao governo demissionário, e, ainda assim, sugerir medidas já implementadas/pensadas/em processo de implementação (felizmente sem omitir este facto);

- É possível fazer grelhados no forno (comprovado com lulas que se tornaram microscópicas);

- "Doer o corpo todo", nem sempre é mau sinal;

- É mais fácil parecer do que ser;

- Ainda por decidir o destino do voto;

- É feio gozar com os defeitos dos outros.


P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente.

12/05/2011

Quem pensa assim não é gago #4

"Aquele tique, muito português, de olharmos para o lado e ver no outro os defeitos que nos recusamos a assumir como nossos, também se observa entre quem produz opinião. É interessante observar com que convicção se digladiamopinion makers classificando-se mutuamente de sectários e como, não raras vezes, ambas as partes têm razão.
Apesar de gozarem de uma liberdade intelectual a que os políticos, presos às suas estratégias, não podem aspirar, estes opinadores evitam os mesmos assuntos e reproduzem os mesmos chavões dos partidos em que se revêem. Lê-los ou ouvi-los é redundante. Parte do cansaço que a política provoca nas pessoas deve-se a estas caixas de ressonância.
No país onde estranhamente temos políticos como opinion makers e em que muitos jornalistas alternam as suas funções nos jornais com assessorias políticas, a informação política e a opinião são, por tradição, demasiadoengagée, colaborando docilmente com os partidos de maior influência. Ainda há pouco tempo Cavaco Silva o admitiu em off, para grande desconforto do sector.
Poucas são as vozes verdadeiramente independentes e as que se reconhecem como tal são frequentemente desvalorizadas pela opinião dominante, alinhada e reverente. Até a realidade começar a dar-lhe razão, Medina Carreira era apontado como catastrofista e António Barreto, agora tão citado, era por muitos apontado como um pessimista impenitente.
A crise valoriza agora as suas palavras porque criou uma apetência invulgar por factos. Preocupadas, as pessoas querem perceber o que se passa. É deste interesse renovado dos portugueses pelo seu país que pode sair uma sociedade civil mais informada e mais activa. Mas se os nossos supostos líderes de opinião e directores de jornais não fizerem, também eles, da crise uma oportunidade e continuarem apenas a debitar as verdades convenientes dos partidos que apoiam, não avançaremos muito.
Antes de apontarem o dedinho aos tugas que os lêem e ouvem perorando em tom paternalista sobre produtividade, os nossos "analistas" deviam reflectir sobre a sua. Quantas vezes ousam dizer e escrever mais do que aplausos ao partido do coração e apupos aos seus oponentes? Quantas vezes denunciaram factos que afrontam os interesses dos rapazes de quem são próximos, por amor ao bem comum? Quantos inimigos são capazes de fazer em nome da verdade?"

Teresa Ribeiro in Delito de Opinião