09/04/2013

Quem pensa assim não é gago #15

Ora e eis que não acrescentaria muito ao que se diz aqui.
Afinal ainda há esperança. Não é assim tão expressiva a "carneirada".

"Miguel Gonçalves? É isto:




A única coisa que esse gajo sabe fazer é gritar em palestras e aproveitar-se da ingenuidade e do desespero das pessoas. Trabalhar que é bom, nada. Era preciso vir alguém perguntar-lhe: filhinho, cadês a tua produção? A tua contribuição? Resultados? Ao invés, é contratado pelo Estado para gritar aos ouvidos das pessoas e mandá-las trabalhar. E, na boa, é como diz o Ricardo, eu também não quero um emprego a sério, sabe deus o que isso quer dizer, mas o que não dá é pra ter a cara de pau de andar a gritar na cara das pessoas que têm que bater não sei o quê, como se ele fizesse mais do que simplesmente ter ataques histéricos em cima de um palco. 'Tá certíssimo o Ricardo. Fora que também me vão descompensando muito o nervo esses seres superiores que, por tudo e por nada, gritam aos quatro ventos que trabalham. São os mesmos que apoiam e louvam os Miguéis Gonçalves da vida e eu cá tenho muito medinho dessa gente... Já para não falar na estupidez do argumento do mercado. Não sei se já se deram conta, mas essa esquizofrenia da ditadura do mercado levou-nos onde nos levou, com os brilhantes resultados que se vêem por esse mundo afora, EUA incluídos. Enquanto não se convencerem de que nem todos damos pra empreendedores, que é uma palavra que me começa a irritar muito, para chefes de vendas, para CEOs, para qualquer que seja a profissão do momento que dá dinheiro e é cool, tem de ter um nome em estrangeiro, não vamos a lado nenhum. Isso só gera uma frustração sem tamanho, mesmo a quem consegue chegar a esses cargos. E quem diz isso, diz: nem toda a gente almeja ir ao jantar de Natal da empresa, aochurrasco do freitas da contabilidade, ao chá de bebé da secretária do chefe, muito menos vestir um tailleur, uns saltos altos, e pavonear-se e ser uma filha da puta para os empregados, porque assim é que se chega a algum lado. É gente que depois vende os Ferraris e vai pra Chapada dos Viadeiros ver os OVNIs, se o coração aguentar até lá, se não morrer de remorsos, se não se matar entretanto. É como diz o Einstein, ou a frase que lhe atribuiram na net: se julgares um peixe pela sua capacidade de subir a uma árvore ele vai achar a vida toda que é estúpido. Somos diferentes, queremos coisas diferentes, temos necessidades diferentes, como tal, temos, necessariamente, de fazer coisas diferentes uns dos outros. É simples assim. E bem podem os Miguel Gonçalves e os Arrumadinhos da vida virem gritar-me aos ouvidos que eu não vou longe, o que eu não aguento, mesmo, é não dormir descansadinha e, lamentavelmente, os padrões morais que herdei dos meus paizinhos não me permitem andar aí a vender banha da cobra a quem nem sequer a quer, muito menos precisa dela. "

Isa em Eça é que é essa