13/02/2012

As pessoas #3

- Por um lado, há aqueles que conhecemos, achámos a certa altura que já não conhecíamos, mas afinal até parece que sim. Depois há os outros que, quanto mais conhecemos, menos queríamos ter conhecido. 
- Há também os que, por infantilidade ou fraqueza de espírito, quando estão mal com "a", ficam bem com "b", vão alternando por dias, função da direcção do vento, e nunca, jamais, estarão bem com "a" e "b" em simultâneo. Depois há os que estão bem com "a" e com "b" e, eventualmente, moderarão alguma questão mais delicada, sem nunca questionar a amizade de cada um deles.
- Temos ainda os que, estando o próximo (chamemos-lhe assim), por qualquer motivo, bem com qualquer coisa na vida, nunca o merecerá (o bem) e certamente que nunca ficarão agradadas com o bem estar alheio (do próximo, vá). Depois há os que ficam felizes com as vitórias dos amigos.
- Há ainda os que vão, vêm, e vão e vêm, só porque sim (ou por falta de frontalidade, quem sabe). Depois há os que, mesmo estando longe, sabemos que estão e estarão sempre perto.

E colocando as coisas neste prisma, parece-me muito claro quais aqueles a quem devo chamar amigos. Prefiro esses.

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