18/11/2011

Inércia da escrita #2

A vontade de escrever é pouca.
Em boa verdade, o que teria para escrever aqui nunca seria fruto de um estado de alma tranquilo.
A semana foi conturbada, com demasiadas ondas, muitas revelações negativas, contudo positiva no que diz respeito a tomadas de decisão.
Já que não podemos ter controlo sobre as atitudes alheias, vamos controlando aquilo que a nós diz respeito. Sempre, mas mesmo sempre, fiel a princípios como a honestidade, a seriedade e o empenho, sem tolerância para quem possa duvidar do contrário.

Mas deixando mesquinhices para trás, queria só dizer que o sr. Pedro Mexia tem muita razão naquilo que diz hoje:

"O argumento adulto é que a felicidade depende da estabilidade. Percebo essa identificação, reconheço que faz algum sentido. Mas não é a minha experiência. Só fui feliz quando estava instável, e sempre que encontrei a felicidade encontrei-a na vizinhança da infelicidade, entre enigmas e perigos. Longos períodos estáveis, por opção ou cansaço, nunca me trouxeram felicidade alguma. A estabilidade gera estabilidade, que gera tédio. E o tédio não é vida. Só me senti vivo em momentos instáveis, nos quais era me impossível separar a infelicidade e a felicidade, o medo e a glória. O argumento adulto não me serve de nada."

E por hoje é tudo.
Um bom fim-de-semana invernoso.

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